Delia Lerner
CAPÍTULO 1 - LER E ESCREVER NA ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO.
- Autonomia – Transposição Didática – Contrato Didático –
Modalidades Organizativas
Desafio maior da escola: incorporar todos os alunos à cultura do escrito.
Ler e Escrever: transcende a alfabetização – ler não é decodificar.
Cultura escrita = herança cultural.
Real: desafio de levar à prática o necessário. conhecer as dificuldades e compreender em que medida derivam as necessidades legítimas da escola = são passos indispensáveis para construir alternativas para superar os entraves - antes de desdobrar o possível.
Possível: Escola - lugar propício para formação de leitores e comunidade de escritores – preservar práticas que promovam sentido no mundo.
Necessário: preservar o sentido do objeto de ensino para o sujeito de aprendizagem.
Fazer da escola uma comunidade de leitores que recorram aos textos em busca de respostas para os problemas que necessitam resolver, ou seja buscam informações, argumentos, conhecimentos e identificação : objeto de conhecimento + objeto de ensino.
Dificuldades envolvidas na escolarização das práticas:
Ler e escrever : práticas indissociáveis – assumir propósitos didáticos e práticas sociais – “função ensinante da escola”.
Há tensões entre os propósitos escolares e extra-escolares da leitura e da escrita.
Função da Instituição: comunicar saberes e comportamentos culturais às novas gerações. função explicita de democratizar o conhecimento e a função implícita de reproduzir a ordem estabelecida. a escola precisa avaliar as aprendizagens de seus alunos, mas não pode tornar-se o principal propósito das práticas pedagógicas, onde a avalia-se mais do que se ensina.
Relação saber-duração x preservação do sentido
Distribuição dos conteúdos no tempo desde o século XVII: correspondência termo a termo, dominar o código (s-p-f-t)
Eixo temporal único: progressões lineares, cumulativas e irreversíveis – contradição com