Degradação vegetal do solo e reflorestamento.
As plantas desempenham um papel crucial para o meio ambiente, além de serem as produtoras primárias, elas cobrem o solo protegendo-o contra as intempéries, permitindo a fixação de outros seres vivos naquele local. No solo habita microrganismos que promovem a decomposição e deposição de material orgânico aumentando sua fertilidade, ou seja, em um ambiente preservado há um equilíbrio nos ciclos biológicos e químicos que sustenta todas as necessidades do mesmo.
O solo possui cinco camadas ou horizontes (O, A, B, C e R) e são os horizontes superficiais (O e A) onde se situa o húmus, solo fértil rico em compostos orgânicos e minerais, e é nesse horizonte onde as raízes absorvem os nutrientes necessários para o bom funcionamento metabólico dos vegetais. A reciclagem dessa camada é feita pelos microrganismos, principalmente bactérias, que quebram compostos orgânicos complexos (animais, troncos e folhas mortas) em inorgânicos simples.
A principal causa de degradação da vegetação e consequentemente degradação do solo são de cunho antrópico, construção de barragens, rodovias, condomínios, pecuária, agricultura, etc. Com a derrubada da cobertura vegetal, este diminui sua fertilidade, prejudicando os ciclos inorgânicos, a flora e consequentemente a fauna do ambiente. A lixiviação, causada pela erosão e lavagem do solo pela chuva, arrasta a camada de húmus fértil, trazendo à superfície camadas do solo pobre em nutrientes.
“A retirada total ou parcial da cobertura florestal, bem como o uso inadequado dessas áreas, reduz a biodiversidade local e pode levar à degradação dos solos através do processo de erosão e empobrecimento do mesmo pela desagregação, remoção e deposição das partículas para outro lugar, chegando à condições extremas de desertificação.” (LIMA, 2004, p. 1)
Em uma área preservada ou com pouca ação antrópica, as raízes e o caimento das folhas das plantas estabilizam o solo, além da copa das árvores minimizarem