degradaçao do petroleo
O petróleo, formado a partir do craqueamento térmico do querogênio, é uma mistura complexa de hidrocarbonetos alifáticos, aromáticos e naftênicos, além de outros compostos contendo enxofre, oxigênio, nitrogênio e constituintes organometálicos complexados com níquel e vanádio. Dentre esses compostos destacam-se os biomarcadores ou fósseis geoquímicos originados de organismos vivos, que são classificados como alcanos lineares, alcanos ramificados, isoprenoides, cicloalcanos, terpanos, esteranos e aromáticos. Os terpanos podem ser bi-, tri-, tetra- e pentacíclicos (hopanos e não hopanoides). O estudo destes compostos é de grande relevância para a indústria do petróleo porque fornecem informações sobre origem, ambiente deposicional, evolução térmica e índice de biodegradação.
Durante o processo de migração, o petróleo pode sofrer alterações na sua composição devido à geocromatografia, solubilização em água, mudanças de fase, extração de matéria orgânica presente nas rochas por onde ele passa e biodegradação. A biodegradação é um processo de alteração do óleo cru por diferentes microrganismos. A ocorrência de petróleo biodegradado está vinculada a determinadas condições geológicas e geoquímicas que permitem melhorar a vida microbiana, tais como as existentes na interface óleo-água em um reservatório de petróleo. De acordo com Huang et al., a difusão de hidrocarbonetos da coluna de óleo para a zona de contato óleo-água pode controlar e limitar os processos de biodegradação. No início do processo, os hidrocarbonetos são utilizados pelos microrganismos como fonte de energia (doadores de elétrons), enquanto os nutrientes (oxigênio molecular, nitratos, sulfatos ou íon férrico) são necessários como receptores de elétrons para a atividade microbiana. Ao final do processo de biodegradação os hidrocarbonetos são transformados em metabólitos, tais como ácidos orgânicos e CO2, levando a uma diminuição do teor de hidrocarbonetos saturados e do grau API (American