As mudanças ocorridas no meio ambiente acompanham a evolução do ser humano enquanto ser social. Essas mudanças ocorrem no uso de novos meios, novas tecnologias e novas técnicas tanto referentes à produção econômica quanto a mecanismos para a melhoria do bem-estar social. Entretanto, algumas dessas mudanças vêm provocando problemas para a sociedade e, dentre essas, uma de grande destaque dentro do debate sociopolítico atual é a questão da degradação ambiental. Um conjunto de causas é apontado como responsáveis pelo atual processo de degradação que atinge diversas partes do mundo. Dentre elas destacam-se: intervenção humana, crescimento populacional, práticas inadequadas na agropecuária e construções de complexos industriais (BALSAN, 2006). Uma das grandes responsáveis por esse processo de degradação ambiental é a modificação do cenário do campo originado pelas práticas agropecuárias. Por meio de processos de modernização e de maior informação dos produtores, houve uma modificação desse ambiente. Entre as práticas e técnicas oriundas da agropecuária que geram impactos no meio ambiente estão o cultivo intensivo do solo, o uso de fertilizantes, a irrigação, o uso de agrotóxicos e a manipulação dos genomas das plantas (GLIESSMAN, 2005). Essa mudança veio ocasionar transformações no cenário anteriormente vigente que, de acordo com Balsan (2006), geram dois tipos de impactos, isto é, os ambientais e os socioeconômicos. Dentre os impactos ambientais, um de bastante relevância, dentro da literatura acadêmica e do contexto sociopolítico da atual sociedade, é a degradação ambiental. Esse fenômeno pode ser entendido, conforme Lemos (2001), como destruição, deterioração ou desgaste gerados ao meio ambiente a partir de atividades econômicas e de aspectos populacionais e biológicos. Dessa maneira, muitas das mudanças oriundas da degradação ambiental resultam da atividade agropecuária. No cenário brasileiro, essa questão tem também grande parcela