Definindo Cidade
“Na busca de algum sinal que pudesse apontar uma característica essencial da cidade de qualquer tempo e lugar, a imagem que me veio à cabeça foi a de um ´mã, um campo magnético que atrai, reúne e concentra homens.” (ROLNIK, Raquel)
A cidade como um ímã
“Isto mesmo, a cidade é antes de mais nada um ímã.” (ROLNIK, Raquel). Antes da cidade se tornar um local direcionado ao trabalho e a moradia, aparecem os Zigurates, nas planícies da Mesopotâmia.
A construção desses templos cerimonias implica na transformação da maneira dos homens ocuparem os espaços. Assim como plantar o alimento, ao invés de caça-lo ou coleta-lo, implica na habitação do espaço de forma mais permanente.
A cidade como escrita
“Construir cidades representa também uma forma de escrita. Na história, a escrita e as cidades surgem quase que simultaneamente, impulsionados pela necessidade de memorização, medida e gestão do trabalho coletivo.” (ROLNIK, Raquel)
A cidade se torna possível a partir do momento em que a produção gera excedentes. É na cidade e através da escrita, que se registra a acumulação de riquezas, de conhecimentos.
A arquitetura urbana, assim como a escrita, cumpre o papel de perpetuação das memorias do homem. O desenho adotado pela arquitetura de determinada época, além de conter a experiência daquele que a construiu, denota seu mundo. A arquitetura da cidade é um registro social.
Civitas: a cidade política
A partir do momento em que a cidade começa a atrair indivíduos, torna-se necessária a organização da vida pública na cidade. Surge então, a realeza, poder altamente centralizado e despótico.
A cidade como mercado
Ao concentrar e aglomerar pessoas, intensifica-se a possibilidade de troca e colaboração entre os homens, potencializando sua capacidade produtiva. Cria-se um mercado.
A cidade do capital: “o ar da cidade liberta”
“As cidades passam a se organizar em função do mercado, gerando um tipo de estrutura urbana que não só opera uma reorganização do seu espaço