DEFINI ES DE GEOGRAFIA CR TICA
As primeiras formas de expressar esse termo foram vistas nos famosos periódicos norte-americano Antipode: A Radical Journal of Geography editado por Richard Peet e pela primeira vez apresentado na reunião de Geógrafos americanos em 1969, na revista francesa Hérodote – Revue de géographie et de géopolitique, editado por Yves Lacoste e na sua importante obra A geografia: Isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra, publicada também em 1976 em que fazia crítica severas à velha geografia com um enfoque especial no novo método de ensino em todos os níveis, da colocação crítica radical perante a geografia já existente (tradicional e pragmática) que exige uma ruptura ao pensamento de uma ciência neutra, de uma geografia que se limitava à descrição de cartas, da divisão política de território. Que era muito questionada por essas características, tal questionamento se dava também por saber pra que serve a geografia, para os estudantes, no que eles vão se indagar, pra que saber do clima, do relevo, da vegetação, porque saber os elementos geográficos, no que isso vai contribuir na vida deles para o futuro? Muita gente acreditava que na geografia não se tinha nada a aprender, que só precisava decorar e que não havia contexto nenhum, desde seu surgimento ela era contestada, se era realmente uma ciência consistente, de corpo inteiro, autônoma porque pegava elementos da pedologia, geologia, climatologia, cartografia da economia política e pega tudo isso e engloba numa própria ciência: a geografia.
A geografia crítica, portanto, teve a partir de Yves Lacoste e da criação das revistas Antipode e Herodote, a formação de um expressivo grupo de geógrafos críticos. Essas revistas foram importantes no processo de difusão dos movimentos de renovação da geografia, eram pois, sobretudo, na década de 1970 órgãos aglomerados de geógrafos críticos, contribuindo dessa forma para a formação de centros de irradiação de idéias novas geográficas que