Deficiência Visual: Estimulação psicomotora
Deficiência Visual: Estimulação psicomotora
Orientação e Mobilidade
Santin e Simmons (1977) relatam que, para o DV, a mobilidade é necessária para se estabelecer um elo primário com o mundo exterior, um elo sem o qual ficaria prejudicado o seu desenvolvimento auditivo e tátil. Santos (2005) mostra que os sentimentos de autoestima e interação estão relacionados com a independência física e a capacidade de movimentar-se livremente leva a uma melhor participação e a um maior reconhecimento dos demais cidadãos. O professor de Educação Física poderia ser um agente importante na aplicação de um trabalho em prol da orientação e mobilidade do DV. O foco se dá no resgate da funcionalidade e independência na vida do mesmo, através de exercícios para marcha, coordenação motora, lateralidade, orientação espaço-temporal, equilíbrio, esquema corporal, itens que caracterizam os fundamentos da Psicomotricidade. A partir da sua execução, o DV terá maiores oportunidades de desenvolver-se adequadamente e alcançar sua independência e autonomia.
Caracterização do indivíduo
O participante desta pesquisa, aqui referido como L, do sexo masculino, 23 anos de idade, 1.62 m e 64 kg, vivia na cidade de Viçosa/MG. O diagnóstico médico do oftalmologista dizia que L tinha um grave problema visual desde a infância. Seus resíduos visuais o permitem enxergar apenas vultos e feixes luminosos de cores em ambos os olhos. Com relação às características motoras, L possuía dificuldade na coordenação motora. Esses aspectos levam a inferir, através das observações, atrasos significativos no que tange ao seu desenvolvimento cognitivo. Mesmo aos 23anos de idade, L não consegue realizar somas simples de Matemática ou mesmo reconhecer letras do alfabeto. Possivelmente, isso poderia ter acontecido devido à falta de acessibilidade dos 04 aos 11 anos de idade, a uma escola adaptada e adequada às suas deficiências e pela ausência de estimulação, conforme relata do pela mãe.
Método