Deficiência mental

6402 palavras 26 páginas
INTRODUÇÃO

Tudo que envolve o homem é humano, é social, é cultural, com limites desconhecidos. O que fazer com as condições biológicas limitadas a partir de uma possibilidade ilimitada da dimensão cultural? As possibilidades de produção e interpretação de signos parece não ter limites - limitados são a nossa compreensão, os recursos disponíveis, os conhecimentos tão incipientes ainda. As questões teóricas do processo de inclusão têm sido amplamente discutidas por estudiosos, políticos e pesquisadores da área de Educação Especial, no entanto pouco se tem feito no sentido de sua aplicação prática. O como incluir tem se constituído a maior preocupação de pais, professores e estudiosos, considerando que a inclusão só se efetivará se ocorrerem transformações estruturais no sistema educacional.

Os processos semióticos aplicados como recursos auxiliares aos estudos da Filosofia da Linguagem parecem poder, quando nada, produzir explicações plausíveis, verossímeis, para as relações e conseqüências da interação humana por meio de linguagens. Retomando Heidegger e suas premissas homem como ser de linguagem ou a linguagem como a casa o ser, parece possível reiterar-se o caráter arbitrário e efêmero da linguagem. Embora as comunicações linguageiras sejam construídas a partir de códigos, estes estão à mercê de seus usuários (recriadores, portanto), que, a seu turno, estão sujeitos às intervenções contextuais. Na perspectiva de Peirce, o interpretante coletivo (conjunto de funções-valores vigentes numa comunidade discursiva) é o maestro dos arranjos representativos e interpretativos por meio dos quais se realiza a comunicação naquele espaço. Logo, releia-se o homem-linguagem de Heidegger como referendo da arbitrariedade, da efemeridade, por conseguinte, da mutação infinita disponível para os processos de linguagem. Assim sendo, o papel da Filosofia da Linguagem seria o estudo aprofundado da cogitação humana acerca de si e de suas relações traduzida em signos

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