Deficiente fisico
As pesquisas brasileiras desenvolvidas na área de Comunicação
Social nos cursos de Publicidade e Propaganda vêm privilegiando, sobretudo, temas como: o poder da argumentação, a arte do convencer, as relações entre o marketing e o mercado, entre outros. Raras, porém, são as pesquisas que relacionam Publicidade e Propaganda a temas sociais e, mais especificamente, à questão da inclusão social. Este artigo é fruto de uma pesquisa ainda em andamento, que visa à observação de um grupo – não pequeno
- da sociedade que não tem sido considerado consumidor alvo para a produção de peças publicitárias: as pessoas com deficiência física.
A pesquisa delimitou-se na análise de peças voltadas ao indivíduo com deficiência relacionada à mobilidade.
Os tipos mais recorrentes foram peças de venda de veículos ao cadeirante ou usuário de prótese.
2. Quem são os deficientes físicos?
As dificuldades começam na própria definição do que seja o deficiente físico, uma vez que muitas são as deficiências, advindas de uma infinidade de causas e atingindo um grande número de pessoas com diferentes características socioeconômicas. Segundo Ribas (1999, p. 9) alguns órgãos das Nações Unidas, com o intuito de tentar precisar melhor os “termos” e, conseqüentemente, a imagem, se manifestaram em favor de lançar mundialmente o termo
“pessoas deficientes”. Aprovada em 9 de dezembro de
1975 pela Assembléia Geral da ONU, a Declaração dos
Direitos das Pessoas Deficientes proclama em seu artigo I:
O termo “pessoas deficientes” refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais. (Apud
Ribas, 1999, p. 9)
Em 1980, a Organização Mundial de Saúde publicou uma Classificação Internacional dos Casos, considerando:
1) Impedimento (na tradução do inglês impediment);
2) Deficiência