Deficiencia sensoriais 2
VISUAL — as p e r s p e c t i v a s do v i d e n t e e do n ã o v i d e n t e
— Na falta de um dos órgãos dos sentidos os caminhos seriam os mesmos?
Elcie F. Salzano Masini*
— Como seria o ato de perceber na ausência do sentido da visão? Introdução
— Como seria nessa condição o ato de conhecer?
O ponto de vista deste artigo é que um trabalho junto a portadores de deficiência visual implica, necessariamente, conhecimento do referencial próprio que o norteia. Nesse sentido, esta comunicação apresenta-se, aos que lidam com o portador de deficiência visual, como um convite para refletirem sobre os fundamentos da própria ação.
Essas perguntas permeiam esta exposição referente à concepção de deficiência visual, à avaliação e à ação educacional junto ao portador de deficiência visual.
A linha central aqui proposta é que se pense sobre o ato de educar, retornando às origens do ato de conhecer, isto é, o perceber, perguntando-se sobre as bases do próprio conhecimento:
— Como, através dos órgãos dos sentidos, em contacto com as coisas ao redor, vão-se organizando informações e sendo formadas concepções?
Numa retomada panorâmica, sem aprofundamentos, é aqui apresentado como tem se desenvolvido a educação do portador de deficiência visual, bem como a formação do professor de
Educação Especial. No decorrer dessa exposição, vai-se delineando a proposta de uma perspectiva de ação junto ao portador de deficiência visual, considerando seu próprio referencial perceptual. Finalmente, são feitas referências a um projeto desenvolvido nessa perspectiva, com o propósito de ilustrar como, na prática, ela tem sido concretizada.
Definindo deficiência v i s u a l
— Quais são os caminhos para construção desse mundo em que cada um habita, no qual age e no qual se inter-relaciona com pessoas e objetos culturais e físicos?
* Professora associada da Faculdade de Educação da Universidade de São
Paulo, livre docente em Educação Especial.
Em Aberto,