DEFESAS QUÍMICAS CONTRA PREDAÇÃO EM LARVAS DE INVERTEBRADOS MARINHOS BENTÔNICOS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EVOLUÇÃO E DIVERSIDADE – CCNH
Monografia de Ecologia Química
Ecologia Química (EVD110)
DEFESAS QUÍMICAS CONTRA PREDAÇÃO EM LARVAS DE INVERTEBRADOS MARINHOS BENTÔNICOS
Aluno: Felipe de Souza Dutra
Professor: Prof. Dr. Luis Roberto Trigo
Santo André
2013
INTRODUÇÃO
A ecologia química marinha é uma ciência jovem que promove insights significantes sobre a ecologia e evolução de populações marinhas e organização de comunidades (Hay, 1996; McClintock; Baker, 2001). Sinais químicos possuem um papel fundamental em todos os niveis de organização nos sistemas marinhos, mas a onipresença e o impacto desses sinais ainda são inadequadamente reconhecidos (Hay, 2009). Para a maioria das espécies marinhas, os sinais químicos determinarão se eles irão consumir, lutar contra, fugir, defender-se ou acasalar com o organismo próximo – assim como se eles serão comidos, infectados ou cobertos por competidores (no caso de invertebrados sésseis bentônicos) (Gerald, et al, 1986). A maioria dos organismos marinhos que são ricos em compostos químicos são invertebrados bentônicos sésseis, clonais e de corpo mole, como esponjas, octocorais, briozoários e ascidias, que dominam o substratos consolidados do sublitoral, mas podemos incluir também organismos sedentários (de movimento lento), como estrelas-do-mar, pepinos-do-mar e nudibranquios. Sua inabilidade de fugir de predadores e seu corpo mole os tornam altamente vulneáveis ao ataque de predadores, mas a toxicidade e deterrência devido aos compostos químicos que esses organismos possuem, permitem que eles habitem ambientes hostis, onde a predação é intensa. Além disso, o crescimento clonal facilita a evolução de defesas químicas, pois indivíduos impalatáveis podem sobreviver ao ataque parcial da colônia, enquanto promove o aprendizado de aversão pelos predadores. Em contraste, organismos solitários são menos capazes de se