defesa de socrates
1.) A obra de Platão, Defesa de Sócrates, discorre sobre o julgamento do pensador Sócrates. As acusações, proferidas por Meleto e Ânito, o condenam de “pesquisar indiscretamente o que há sob a terra e nos céus, de fazer que prevaleça a razão mais fraca e de ensinar aos outros o mesmo comportamento”, ou seja, corromper a mocidade e ser descrente em relação aos deuses populares.
Em primeira pessoa, com narração do próprio acusado, a obra transcorre, em sua maioria, sobre os argumentos de Sócrates que sustentam sua defesa contra as acusações.
O formato do texto é caracterizado pela divisão em seções,em que cada uma explicita os diferentes momentos desse julgamento, desde as acusações ate a sentença final. Essas, por sua vez, são separadas em três partes que dividem a defesa, a analise da sentença e o dialogo de Sócrates com os sentenciadores(I- Exórdio; Duas classes de acusadores; Acusações antigas; Ciência e missão de Sócrates; A denúncia de Meleto; Justificação de Sócrates; Quem perderia mais com a condenação; Abstenção da política; A Escola de Sócrates; O estilo da defesa; II- Análise da votação; Discussão das penas; Propõe Sócrates uma multa; III- Aos que condenaram; Aos que absolveram).
2.) “Sócrates é réu de pesquisar indiscretamente o que há sob a terra e nos céus, de fazer que prevaleça a razão mais fraca e de ensinar aos outros o mesmo comportamento”. Sócrates desenvolve essa acusação, e entende dela que é acusado de aprofundar-se nos estudos sobre a transcendência do mundo. Ele teoriza que os estudiosos nesse assunto são descrentes nos deuses, e entende isso como uma acusação “os investigadores daquelas matérias não creem tampouco nos deuses”. Sócrates, além disso, explicita a acusação sofrida por ele de cobrar dos jovens o perpasso de seus ensinamentos, e a refuta com maior veemência.
A maior solicitude de Sócrates em relação àqueles acusadores mais antigos é explicada na obra. Ele cita que esse grupo é mais numeroso - em