Defesa Da Tese De Unterberguer
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DEFESA DA TESE DE UNTERBERGUER por Joana Duque Ferraz (10º A) Neste texto, pretendo defender a Tese de Andrew Unterberguer, publicada na revista Stylus a 22 de Outubro de 2004, acerca da banda Interpol. Para isso, é imprescindível esclarecer as principais afirmações que constituem esta tese. Então, sintetizando as palavras de Unterberguer, o jornalista diz que as letras das músicas da banda são absurdas e também má poesia. Para além disto, declara ainda que estas mesmas letras resultam do pretensiosismo de Paul Banks, o vocalista e autor das músicas dos Interpol. Assim, as letras são absurdas por, pelo menos, três razões essenciais. A primeira é o facto de as frases e expressões presentes na letra terem uma sequência ilógica. Uma expressão da música “Leif Erikson” que demonstra isto mesmo é “She says brief things, her love’s a pony, my love’s subliminal”. Penso que esta expressão o demonstra, pois “my love’s subliminal” não esclarece a perplexidade causada pelas expressões anteriores. Depois, a segunda razão que justifica a atribuição do adjetivo “absurdas” está presente na seguinte expressão “My best friend’s a butcher, he has sixteen knives/ (…)/ Oh look it stopped snowing” (música “Roland”). Esta segunda razão consiste no facto de, apesar de ser compreensível a descrição do amigo talhante, a descrição do tempo não ir ao encontro da expectativa de sentido provocada pela primeira descrição. Finalmente, outra razão pela qual as letras são absurdas é o facto de, na performance em concerto, ser insólito um rapaz bem vestido dizer “My best friend’s a butcher” (música “Roland”). Outra das principais afirmações de Andrew Unterberguer é que as letras são má poesia. Deste modo, podemos afirmá-lo porque na letra da música “Obstacle 1” existe não só primitivismo de expressões (“She can read, she’s bad” – “Obstacle 1”), como também primitivismo de rimas, pois estas são bastante pobres (“Her stories are boring and stuff/ She’s always calling my bluff” - “Obstacle 1”).