Defeficiencia visual

No campo da Biomedicina observamos que a característica que o indivíduo tem de relacionar-se com seu íntimo liga-se por vezes com fenômenos direcionados ao adoecimento. Assim, realizar uma discussão epistemológica, investigando a forma como se dá a produção do conhecimento neste ramo, seria uma atividade essencial para o aperfeiçoamento do paradigma biomédico existente, na medida em que se observa a subjetividade latente que envolve a prática biomédica.
Historicamente pode-se observar que a visão objetiva antes existente a cerca da relação médico - paciente onde era privilegiada a doença e não o doente sofreu serias críticas que tiveram repercussão mundial, trazendo à tona a necessidade de se valorizar a relação humanizada com o paciente, onde os aspectos psicológicos do mesmo seriam levados em consideração ao examinar os elementos que se relacionam ao adoecer. Este novo conceito passou a ser conhecido como medicina psicossomática, e aos poucos foi deixado de lado e hoje é praticamente inexistente na atividade médica. A chamada medicina psicossomática abriu espaço para o aparecimento de outras abordagens, tais como a clínica ampliada, as discussões sobre a integralidade das ações de saúde e mais recentemente o surgimento das chamadas medicinas alternativas, onde sem dúvida a abordagem principal leva em consideração os aspectos psíquicos e físicos que envolvem o restabelecimento do equilíbrio da saúde.
Ao visualizarmos toda a problemática que permeia a visão dicotômica que cerca o diagnóstico objetivo e o subjetivo verificou-se uma verdadeira ruptura entre a teoria e a prática médica que por sua vez reflete no paciente terminando por fragmentá-lo em sintomas objetivos e sintomas subjetivos. Estes últimos na maioria das vezes não são levados em conta ou mesmo não se sabe como trabalhar com eles devido o seu alto grau de complexidade, singularidade e peculiaridade ou mesmo por nunca terem sido objetos de estudo das áreas que se dedicam as ciências médicas.
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