Declinio Islâmico
A origem do império está na Península Arábica, região desértica ocupada pelos árabes, que se dedicavam principalmente ao comércio, seja através das caravanas de beduínos no deserto ou nas cidades próximas ao litoral, como Iatreb e Meca. Foi nesta última que nasceu Maomé, membro da tribo dos coraixitas, por volta de 570, e onde ele iniciou a difusão da crença em um deus único, Alá. Os árabes eram politeístas, adorando animais e plantas. A cidade de Meca era um centro religioso por abrigar o templo onde se encontrava apedra negra, um possível meteorito tido como sagrado, que ficava guardado na Caaba, junto a várias imagens dos demais deuses.
Maomé afirmava que durante mais de vinte anos, em suas meditações, estivera em presença do anjo Gabriel, que em suas mensagens dizia a ele existir apenas um Deus, condenando a adoração dos demais deuses árabes. Dizia ainda que Maomé era mais um dos profetas de Deus, como Moisés e Jesus, e deveria difundir pelo mundo a verdade divina repassada nas mensagens. Maomé iniciou suas pregações em Meca, conseguindo adeptos principalmente entre a população pobre. Os ricos membros da tribo dos coraixitas viam a pregação monoteísta como uma ameaça ao seu poder econômico e religioso, já que a economia girava principalmente em torno da peregrinação à cidade para visitas à Caaba, e as pregações monoteístas poderiam expulsar os visitantes.
A perseguição a Maomé e seus seguidores se intensificou, obrigando-os a fugir para Iatreb, cidade ao norte de Meca, em 622. O episódio ficou conhecido como Hégira e marcou o início do calendário islâmico. Em Iatreb (depois denominada Medina, cidade do profeta), Maomé conseguiu