decisões
13 de agosto de 2007 às 07:00
Por Orlando Pavani Jr.*
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Tomar decisões tem sido recentemente foco de apenas algumas literaturas acadêmicas mais respeitadas. A própria revista Harvard Business Review, uma ilha de excelência em artigos sobre gestão, publicou uma matéria diretamente conexa em janeiro de 2006 (Analisar para Competir - Thomas H. Davenport – página 66) e outra em agosto do mesmo ano (Gestão Baseada em Evidências - Jeffrey Pfeffer e Robert I. Sutton - página 40) que merecem ser lidas.
Desde então, apenas alguns livros tem sido produzidos, mas ainda de uma forma bastante incipiente dada a demanda sobre o assunto! Este artigo tem a intenção de relatar minha experiência através do exercício diário de auxiliar os tomadores de decisão. O fato é que temos constatado que o processo decisório é conduzido, preponderantemente, de maneira artística e não científica.
Há duas formas ou estilos de decisão: A Artística e a Científica. A Artística caracteriza-se por decisões alicerçadas no empirismo e/ou na intuição do tomador de decisão. A Científica se fundamenta por decisões baseadas em fatos e/ou evidências disponíveis ou sistematicamente planejadas. Ambas podem ser bem sucedidas, no entanto, somente a segunda pode ser reproduzida e/ou ensinada aos outros.
Como exemplo, podemos citar organizações como o SBT (por meio das decisões do Senhor Abravanel, vulgo Silvio Santos, como a maioria da população brasileira o reconhece) que parece decidir empiricamente. A TAM (por meio do então Comandante Rolim, falecido num trágico acidente de helicóptero), ao que tudo indica, também baseia seus processos em decisões empíricas, embora tivesse um nítido senso de orientação para o cliente, extremamente exemplar em sua época.
A própria Seleção Brasileira de Futebol foi cinco vezes campeã mundial devido às atitudes artísticas de seus astros (Pelé na primeira e na terceira conquista, Pelé e Garrincha na segunda conquista,