Decisão do supremo sobre o aborto.
A comunidade cristã defende o aborto como um ato criminoso podendo se igualar, em sua ideologia, como um caso de homicídio. As filosofias existencialistas junto com a biologia defendem essa pratica, uma vez que, ela se mostra favorável à vida da mãe tanto no aspecto emocional como no saudável, cabendo ressaltar que o feto ainda não possui consciência. Esses fatores, reunidos, tonam legitima a decisão do supremo tribunal federal.
Na filosofia existencialista, Sartre defendia, em tese, que primeiro o ser humano existe para depois desenvolver sua moral, ou seja, a existência precede a essência. Através dessa ótica, o aborto de anencéfalos pode se sustentar já que o indivíduo gerado não possuíra a capacidade de desenvolver senso moral ou de sobreviver, cabendo a mãe decidir pela vida do feto. Voltando, assim, a corrente existencialista em que o homem está condenado a ser livre para escolher.
Outro fator que sustenta a atuação do supremo tribunal sobre o aborto de anencéfalos é a questão da saúde da mãe, tanto física como psicológica. A gravidez desse gênero é de alto risco e o dano psicológico da mãe pode-se enquadrar, em certos casos, ao nível de trauma impedindo-a de gerar sua prole em um ambiente comum na sociedade.
A decisão do supremo tribunal é sensata para evitar danos psicológicos e físicos a mãe e, posteriormente, a sociedade. Assim, o governo já oferece a solução para a questão do aborto dos anencéfalos dando a oportunidade da mãe optar pela pratica ou não desse ato.
José Carlos Resende