Debatendo a reforma política
O sistema político brasileiro atual possui muitas falhas e alguns méritos, como por exemplo, a inserção da urna eletrônica no processo eleitoral tornando-o mais rápido e transparente. Destaque também para a organização logística das eleições em que as urnas chegam aos mais remotos povoados do país, comprovando a extensão e capacidade do Estado brasileiro. Porém, a mudança é necessária. Neste texto propomos a reforma política no Brasil para que de fato as autoridades políticas sejam os representantes do povo, confirmando os dizeres da Constituição: “Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”.
A reforma política no Brasil visa acabar com vícios e problemas do sistema eleitoral (conjunto de regras necessárias à computação dos votos e sua consequente transformação em cadeiras parlamentares ou em postos no Executivo). Mas, há de se dizer que propostas para o que tange a reforma política, traduzidas através de medidas provisórias (determinadas leis que o presidente autoriza e publica no Diário Oficial, sem consultar o Congresso, mostrando seu poder de agenda, duráveis por 60 dias e prorrogáveis por mais 60 dias, perdendo sua eficácia se não aprovadas neste prazo) e emendas constitucionais (mudanças pontuais do texto constitucional que depende de 60% de aprovação do Congresso em dois turnos) dependem dos maiores beneficiados do atual sistema, e eles estão espalhados pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, também entendidos, respectivamente, como câmara baixa e câmara alta (bicameralismo). Deputados federais – eleitos pelo sistema proporcional de lista aberta, ou seja, através da divisão do total de votos válidos da eleição pela magnitude (total de vagas a ocupar), resultando no quociente eleitoral (quantidade mínima de votos para se eleger) em que se vota no candidato ou na legenda (partido) e senadores, eleitos pelo sistema majoritário, no qual vence aquele que obter a maioria de votos, neste caso, a maioria relativa (60% dos