Debate de Limites sobre a liberdade de expressão
Nós somos contra a liberdade de expressão plena, e como estamos em um debate iremos começar nossa argumentação mostrando aquilo que o grupo oponente pretende defender.
Eles apóiam a famosa citação de Voltaire: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dize-las", ou seja...
O outro grupo está defendendo que... eu posso chegar aqui e dizer que há pessoas de uma raça inferior que não deveriam estar em uma sala de aula.
O outro grupo está defendendo que... eu posso chegar aqui e defender que há homossexuais, bichas, viados, que por praticarem sodomia, não deveriam ter o direito de se casar pela lei.
O outro grupo está defendendo que... eu posso chegar aqui e convidar todos os homens a irmos no 5° andar espancar o coordenador por ter me tirado de sala injustamente.
Será que realmente devemos ter o direito de promover racismo, promover a homofobia, promover a discriminação? Será que realmente podemos fazer publicamente apologia ao crime?
Senhores, isso que vocês defendem nós da FGV não vamos defender.
CASO BOLSONARO
Os limites da liberdade de expressão
Por Renato Francisquini em 19/04/2011 na edição 638
Em sua coluna na Folha de S.Paulo do último dia 7 de abril, Hélio Schwartsman, provocado pelas lamentáveis declarações do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), abordou um tema controverso, complexo e, também por isso, muito caro a todos nós. Trata-se da polêmica sempre atual envolvendo o conteúdo e o alcance do princípio fundamental da liberdade de expressão. Sob o título "Uma defesa de Bolsonaro", Schwartsman sentencia, já nas primeiras linhas de seu texto, que ele, "evidentemente", está "entre os que acham que o mandatário tem o direito de dizer o que pensa, por mais politicamente incorretas, ofensivas ou imorais que sejam suas declarações".
Não tenho qualquer coisa nova que valha a pena dizer sobre as palavras do deputado, que, de resto, considero abomináveis. Por isso,