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Igreja e Religião

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DESIGUALDADE & IGUALDADE:
CONSIDERAÇÕES SOBRE UM MITO
Orlando Fedeli

Outrora, nos Missais, os fiéis aprendiam a doutrina católica. Hoje, nos folhetos de Missa, aprendem marxismo.

O padre Io Storniolo tornou-se conhecido pelo escândalo que provocou ao defender de modo pouco velado o amor livre em sua coluna "Mandamentos Hoje" no semanário "Litúrgico-catequético" O DOMINGO. Com efeito, no artigo "O QUE É A CASTIDADE?" (no 32 de 02-07-1989 do citado folheto) ele perguntava se, em matéria sexual tal coisa podia ou não ser feita, se valia ou não a pena? E respondia: "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena". Estribando-se fraudulentamente em Santo Agostinho reforçava o seu antinomismo, dizendo: "Ame e faça o que você quiser".

Poucas linhas adiante, Padre Storniolo procurava mostrar que no mistério do amor o que estraga tudo é a idéia de posse. Condenava, portanto, o matrimônio indissolúvel: "E aparece a idéia da posse. Segurar o que se conquistou, possuir o que se cativou. Prisão. E quem é que gosta disso?". E insinuava a defesa do amor livre dizendo que, assim como Deus tudo dá, assim a verdadeira castidade consistiria em dar tudo sem nada reter: "Dar-mo-nos também. Aprender que as flores não precisam ser apanhadas no jardim. Elas já estão se dando!". A bom entendedor meia palavra basta. Padre Storniolo disse muitas. Disse até demais.

Esse mesmo Padre antinomista tem escrito vários artigos no mesmo boletim litúrgico defendendo a igualdade entre os homens. Veja-se em que termos:

"A justiça consiste em distribuir igualitariamente os bens entre todos." (Artigo Justiça e Pecado, no 21, 22-04-1990, p.4). Repartir o que temos com o pobre e o que somos é voltar ao projeto inicial de Deus (...) No fundo, quando ajudamos o pobre, não estamos na verdade ajudando, estamos sim, devolvendo o que lhe pertence por direito divino e que antes lhe fora roubado, seja lá o que for". E, como conclusão, ele ousa desmentir

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