De terra em transe ao transe da terra
DE GLAUBER ROCHA
“De Terra em Transe ao Transe da Terra”
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SUMÁRIO
Introdução – Do Transe Ditatorial ao Transe Reflexivo 03
Desenvolvimento 05
Do Transe da História ao Transe de João Goulart 05
Do Transe Geral ao Transe Idiossincrático 08
Do Transe Externo ao Transe Interno: A produção cinematográfica 10
De Terra em Transe ao Transe categórico dos Personagens 12
Conclusão – De Terra em Transe ao Transe da Terra 15
Fotos – Suporte Visual com Legenda Musical 17
Notas 21
Bibliografia 21
INTRODUÇÃO
“Você me permite escolher os meus próprios caminhos?”¹
Do Transe Ditatorial ao Transe Reflexivo O período Ditatorial, no Brasil, suscitou o espírito revolucionário de verdadeiros guerreiros inspirados por ideais românticos, que, por meio de diferentes armas, expressavam a sua indignação. A Arte, a despeito de sua aparente fragilidade e de sua sutileza metafórica, torna-se a mais forte de todas aquelas, sendo, por meio da mesma, que se revela um dos grandes nomes do cinema brasileiro: Glauber Rocha. É o próprio que afirma: “O Cinema Novo sou eu”, demonstrando sua consciência quanto ao teor crítico e inovador de sua obra. Assim, diante de um momento decisivo para tal país, a sensibilidade desse homem gera um produto questionador e dotado de uma elevada preocupação estética: o filme Terra em transe. Em contexto geral, por um lado, há uma luta isolada e silenciosa na Serra de Caparaó, travada por heróicos sonhadores – luta essa de corpo presente, marcada pela entrega total de seus guerrilheiros, porém, com resultado limitado, já que tal esforço foi irrisoriamente reconhecido e finalizado com a derrota. Por outro lado, então, as manifestações artísticas multiplicam-se e se expandem pelo território nacional, de modo a carregar os questionamentos característicos de corações