De olho no brasil
Matéria da Revista Alternativa n°287 de 12 de julho de 2012
De olho no Brasil
Durante o 3° Seminário Econômico do Brasil nosso representante da embaixada em Tóquio Marcos Bezerra Abbot Galvão palestrou em tom otimista sobre a economia brasileira. Assim como temos visto em toda imprensa desde a crise de 2009, Galvão enfatizou a força com que o Brasil passou pela crise e se restabeleceu em uma economia enfraquecida mundialmente. Mesmo na iminência de perder o posto de sexta economia mundial para o Reino Unido, ponto ressaltado por ele positivamente devido ao problema da supervalorização do Real, temos bons motivos para comemorar pela baixa na taxa de desemprego do Brasil, visto que a Europa sofre com o aumento de desempregados em seus países. Índices inflacionários caindo, independência do Brasil quanto ao comércio exteriror, a alavancagem no comércio interno devido a elevação de classe social de cerca de 30 a 40 milhões de pessoas e a grande representatividade do Brasil em projetos hidrelétricos levando em conta a crise energética que o Japão atravessa devido ao fechamento de suas usinas nucleares, o nosso país do samba chama a atenção do país do sol nascente economicamente falando. Não é de hoje que o Japão tem sua participação na sólida economia brasileira, desde a década de 50 empresas japonesas acrescentam em vários setores da nossa economia. Mas o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer e olhos na China que possui 20 mil empresas japonesas em seu território contra 217 no Brasil. Como nem tudo é um mar de rosas, Yasushi Ninomiya diretor adjunto da JETRO (Japan External Trade Organization) em sua palestra ressaltou os pontos negativos que nosso país enfrenta. A mão-de-obra cara juntamente com os custos trabalhistas e os altos tributos que encarecem os produtos em até 70% não é um ambiente favorável e muito menos familiar ao empresário japonês. Este ponto é crucial ao Japão que não está acostumado com a desestabilidade desse