De Magistro e a doutrina da pedagogia do mestre interior

De Magistro e a doutrina da pedagogia do mestre interior

Sobre o autor Agostinho foi sem dúvida uma das mentes mais brilhante do pensamento ocidental, sendo um dos grandes intelectuais a esclarecer e sistematizar a doutrina cristã. Isto, falo com base no próprio fato de que tanto os cristãos católicos, como os protestantes, tem no Bispo de Hipona, assim como no apóstolo Paulo, se não as duas, mas umas das maiores referencia de pensadores responsáveis pela a construção filosófica-teológica do cristianismo. Agostinho, tem sua vida marcada por duas etapas bastante distinta, uma antes e outra depois de encontrar a fé cristã, sendo a primeira marcada por um período de prazeres, paixões, orgias, e uma busca constante pela verdade, o qual o mesmo confessa em alguma parte da sua obra As Confissões que em vez da verdade encontrara somente ilusões, sombras. O segundo momento da sua vida é marcado pelo o encontro com cristianismo, afirmando encontrar na fé no nazareno o sentido para a sua existência, passando a viver uma vida de castidade e pura contemplação, dedicada a igreja católica universal. É, em um dos seus momentos de prazeres carnais que Agostinho conhece uma determina mulher e com ela tem um filho, que irá morar com ele, chama-se Adeodato.

Sobre a obra Aqui entro de fato na exposição daquilo que este modesto trabalho pretende abordar, que é um dos diálogos que Agostinho teve com seu filho Adeodato, quando o mesmo contava com apenas 16 anos de idade, e já demostrava uma aguçada capacidade abstrativa. Agostinho, mesmo, externa sua admiração para com a capacidade do seu filho: “ Juntamos também a nós Adeodato, o filho carnal do meu pecado, a quem tínheis dotado de grandes qualidades. Com quinze anos incompletos ultrapassava já em talento a muitos homens doutos e idosos. (...) Há um livro meu que se intitula De Magistro, onde dialoga comigo. Sabeis que todas as opiniões que aí se inserem, são atribuídas ao meu interlocutor,