De geração einsten à geração estupida
As crianças viveram como algo natural situações novas para seus pais, mas também o contrário. Exemplo disso, é citar como para alguns adultos a tecnologia espanta, enquanto para as crianças é algo tão simples quanto brincar.
É notavel a capacidade que os mais jovens tem de realizar sem nenhum problema ações que parecem complicadíssimas de entender para os mais velhos, ao mesmo tempo em que os segundos fazem com naturalidade tarefas que para os novos é difícil de entender e aprender. O problema é que a distância parece maior, porque a aceleração tecnológica transforma nossos contextos a uma velocidade assustadora.
Para a maioria das pessoas com mais de 40 anos, seu ambiente social além da familia, e das pessoas proximas, era constituído pelo rádio, pelos livros, pelas revistas, pela televisão, etc. E a ideia era de que os mais velhos é que sabiam e tinham de ensinar às crianças. Hoje, desde o nascimento, meninos e meninas encontram-se rodeados de artifícios digitais de informação e comunicação que fazem parte do mundo a descobrir e nomear, como os alimentos, os números e as letras, acelerando seu aprendizado. Não os temem, pois fazem parte de um universo que, embora estranho aos mais velhos, está presente no dia-a-dia deles, oferecendo uma grande variedade de informações, além de entretê-los. Assim, começa um discurso novo no qual a criança e o jovem são aqueles que sabem e precisam ensinar aos mais velhos.
As crianças e os jovens estão imersos em ambientes bombardeados por estímulos auditivos, visuais e sensoriais em que experimentam vivências e realizam aprendizagens que não são consideradas ou são rejeitadas pela escola. Para Howe e Strauss os nascidos a partir de 1980 começaram a fazer parte da