De frente para o futuro
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Na Sabedoria logosófica está depositado o conhecimento que emancipa as consciências, que limpa as mentes e modela o arquétipo humano. Quanto mais se compreender a palavra desta ciência e se aplicar à vida, tanto melhor e mais fácil será a marcha do ser e mais acessíveis as verdades em busca das quais se vai. Tudo quanto obstrui, dificulta e retarda o passo dos seres humanos vinculados a meu pensamento são suas deficiências, seus defeitos e, enfim, tudo o que atenta direta ou indiretamente contra o processo de evolução consciente que se realiza sob a égide do conhecimento logosófico.
Todos têm muitas condições e qualidades boas; como não se há de sentir pena, então, quando se adverte em cada um pensamentos e atitudes que, sem anular essas qualidades, parecem escondê-las, dificultando sua manifestação?
Deficiências e defeitos todos têm: a ninguém, pois, assiste o direito de assinalá-los, exceto aquele que ensina a corrigi-los. Isto é o aconselhável, e cada um deve, discretamente, trabalhar sobre si mesmo para eliminá-los. Tampouco devem esquecer-se de que quem aponta falhas alheias, está apontando as suas próprias, seus próprios erros. Há que ser, então, dócil à palavra que corrige iluminando, que permite emendar-se sem violências e que, alternando a suavidade com a firmeza, persuade e convence, até conseguir o bem que se persegue.
E se todos aspiram a transcender o plano material, o plano comum, a fim de experimentar a ventura de elevar-se até onde almejam chegar, é preciso habituar a vontade a um constante e regular esforço na comunicação de seus íntimos desejos, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento de suas qualidades superiores.
A humanidade chega ao fim de mais um ano em meio de agitações e perturbações de toda espécie. Vem arrastando pesadíssimas cargas e vai chegando ao cimo desta encosta saturada por enormes fadigas, sofrimentos e dores, sem se advertir de que o