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4628 palavras
19 páginas
Ne Me Quitte PasPrólogo.
Frank Anthony Thomas Iero Junior. Olhos de sol, pele dourada, cabelos escuros como a noite que me segue. Apenas Frank, em meus braços tão impuros e não dignos de segurá-lo; em minha mente tão suja, mas incapaz de convertê-lo. O sol da manhã chegava com ele, e a escuridão da noite se pronunciava quando ele partia. A secura dos meus lábios vinha quando não mais podia tocar os seus, e meus olhos se cegavam quando não mais poderia observar os seus, tão vivos, diante da minha morte. Sou tão dependente do teu cheiro doce, que era bálsamo para meu veneno. Frank, Frank, Frank. Não me deixes. Aqueces meu coração que eu te aqueço a alma. Meu doce Frank, não se vá, que todas as linguagens do mundo se calam diante da minha necessidade do teu ser. Não me deixe.
Primeiro ato.
De todos os dias ruins que talvez aquele ano passasse a trazer, aquele era o que Frank mais queria adiar. Ele sabia que em breve estaria num colégio interno para garotos, o mais luxuoso e rígido de Londres, mas ao contrário dos outros jovens aristocratas de sua idade, ele odiava pensar na possibilidade.
Seu desejo era passar horas em sua enorme biblioteca lendo ou desenhando. Ah, como gostava de desenhar e pintar quadros. Em nome desta habilidade, sua mãe, Linda Iero, a mais famosa modista da cidade, o colocara em aulas de artes. E como se não bastasse, de francês.
Francês era praticamente a segunda linguagem das escolas secundárias mais ricas de Londres. E era em meio a estas que estaria depois das férias de verão.
***
O sacudir do carro já o estava deixando levemente tonto. Estavam a caminho há mais de meia hora e finalmente haviam chegado ao seu destino, onde Frank saltou do veículo com certa rispidez, sem se despedir do motorista.
Entrou no casarão antigo, que apresentava uma arquitetura fina e imponente. Ali morava seu novo professor de língua francesa, onde passaria a ter aulas todas as segundas, quartas e sextas, até que chegasse o dia de ingressar