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Preso entre as quatro paredes do consultório psiquiátrico,sua cabeça estava longe.O barulho do relógio ecoando pela sala enquanto suas mãos brincavam com a gola da bata branca que usava.
Ouviu um rangido e direcionou o olhar para a porta,seguindo a trajetória da mulher alta que entrou e se sentou em frente ao divã.Ela sorriu.
—Bom dia,Senhor Styles,sabe porque está aqui?
—Meus pais morreram,minha irmã se mudou para uma cidade que fica no cu do mundo e vocês acham que eu estou em choque.É por isso que estou aqui,não é... – olhou discretamente o crachá que ela levava no jaleco – Sra. Murry?
—Parece que é bem informado.
—Apenas não sou besta.
A mulher retirou um monte de cartas e colocou na mesa que havia ao seu lado.
—Essas cartas foram encontradas no seu quarto.Me dei a liberdade de lê-las.Quem é R. Mitchel,senhor Styles?
—Uma garota.
—Namorada?
—Não.Na verdade,nem a conheço – a sobrancelha direita da Sra.Murry se levantou e sua testa se franziu – Ela me manda cartas mensalmente.Eu apenas recebo e guardo.
—Então...Não sabe nada sobre ela?
—Sei.Sei que mora no Kansas,sei que o pai dela morreu e que seu nome parece começar por R..Obviamente,o sobrenome é Mitchel.Tambem sei que faz 3 mêses que ela não me manda cartas e que estou morrendo de saudades.
—Então acha natural desenvolver sentimentos por alguem que nem ao menos conhece,Senhor Styles?
—Ela me entende.Eu entendo ela.Ela gosta de mim.
—E o senhor gosta dela?
—Eu amo ela. —-
Havia duas coisas que faziam Harry perder o controle: Abelhas,Pessoas ignorantes e Psicólogos.
A sra.Murry havia pego suas cartas,aberto e não quis devolver.Se não iria receber cartas novas,pelo menos gostaria de reler as antigas.
Jogou-se no sofá junto com a mochila e