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A operação das companhias aéreas de baixo custo na
Europa. O caso da Ryanair
CLÁUDIA MARGARIDA BRITO RIBEIRO DE ALMEIDA * [ calmeida@ualg.pt ]
CARLOS MANUEL MARTINS DA COSTA ** [ ccosta@ua.pt ]
Resumo | Os Transportes são, de forma global, cruciais para a maior mobilidade das populações, trocas comerciais, económicas e/ou culturais, permitindo uma maior competitividade para um país, região ou cidade. Dos vários modos de transporte existentes, o transporte aéreo apresentou, nas últimas duas décadas, um maior índice de desenvolvimento e crescimento ao nível da procura, o que também se pode associar ao facto de estar interligado a outro setor de atividade em forte expansão, o turístico.
No Continente Europeu, o transporte aéreo tem revelado dinamismo e competitividade entre as várias companhias aéreas que operam nos vários países. Atualmente seria impossível conceber uma economia na União Europeia com um crescimento sustentável no futuro sem um sistema de transportes adequado, de onde destaca o transporte aéreo.
O processo de liberalização que ficou concluído em 1997, na Europa, veio trazer uma nova dinâmica ao setor, permitindo a entrada das companhias aéreas de baixo custo no mercado, que operam segundo um modelo de negócio distinto das companhias aéreas regulares tradicionais, de bandeira, regionais ou charter.
Neste artigo pretendemos analisar com mais pormenor a questão do processo de liberalização do transporte aéreo na
Europa, o seu impacte no desenvolvimento da operação das companhias aéreas de baixo custo, para depois apresentarmos de forma detalhada as características associadas ao seu modelo de negócio. De modo a analisarmos com mais pormenor a operação deste tipo de companhias aéreas, apresentamos no final do artigo um estudo de caso que visa avaliar a operação da Ryanair, do ponto de vista do modelo de negócio adotado e da atual operação na Europa e Norte de África.
Palavras-chave | Transporte aéreo,