Das origens do Feminismo: Olympe de Gouges – Feminista. Revolucionária. Heroína.
Por isso o primeiro lançamento da Galera Record que escolhi para resenhar esse mês foi Olympe de Gouges, um quadrinho que conta a história de uma das primeiras feministas do mundo, nascida em 1748, na cidade de Montauban. Numa França pós-revolucionária, vemos Marie Gouze nascer do amor proibido de sua mãe com um artista e crescer cercada de livros e ideias Libertárias. Ao longo do tempo, acompanhamos sua vida conturbada – sendo abusada pelo primeiro marido, ficando viúva, perdendo uma filha recém nascida e mudando-se para Paris, viúva e já sob o pseudônimo Olympe de Gouges, para viver uma vida dedicada à escrita e aos seus autores favoritos – sem nunca deixar seus ideais de lado.
Depois de tudo que viu e viveu, Olympe não acreditava no casamento: considerava-o “o túmulo do amor”, e desde que enviuvou negou-se a viver isso novamente.
Para destacar a situação das mulheres no século dezoito, os autores focam não apenas nos fatos históricos como também na vida pessoal de Olympe, deixando claros os motivos que levaram-na a sair em defesa de seu sexo. Foi Olympe quem redigiu, em 1791, a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, em que reivindica igualdade entre os sexos e direito ao voto.
Não sei se a obra em si é muito fiel à História, afinal não conhecia muito a respeito da vida de Olympe de Gouges antes da leitura, mas a impressão que fica é de que sim, é um livro histórico. A narrativa é sincera, convidativa e nos torna próximos da personagem a ponto de acompanhar sua evolução claramente. Ah! Os traços são bem bonitos. Eu fiquei apaixonada e quero desenhar um quadrinho assim quando crescer, pode?O livro conta com suplementos super completos que contextualizam Olympe, apresentando uma cronologia da vida