Das cavernas à internet
* Juliana Sott
Vivemos numa época em que o avanço da tecnologia da informática a serviço da comunicação é uma realidade que nos fascina e faz refletir até que ponto este mecanismo proporciona ao homem a integração com o conjunto da sociedade. Ao nos comunicar, passamos a participar mais ativamente do que está à volta, aprendemos a nos comunicar de forma oral, escrita, visual. Até mesmo as nossas expressões faciais comunicam.
Porém, é necessário analisar que nem todas as pessoas têm acesso direto aos meios de comunicação de forma unânime por uma única razão: são analfabetas. È evidente que elas têm acesso à informação via rádio, televisão e até mesmo em um simples bate-papo com amigos. Sabem identificar uma marca de um produto, entretanto não sabem escrever e ler o que estão visualizando.
Será que nós também não sentimos essa realidade de forma inversa? Ou seja, será que não somos os novos analfabetos do século XXI, os chamados “analfabetos digitais”? Dominamos com segurança essa nova forma de comunicação que a sociedade moderna nos impôs, para facilitar a comunicação entre os povos, a chamada globalização? Ou, a exemplo dos analfabetos, que sabem que o alfabeto existe, mas não sabem qual é o A ou B, nós, os “analfabetos digitais”, não estaríamos vivendo uma nova forma de exclusão?
Você parou para pensar que quando o homem sentiu a necessidade de comunicar-se com seus semelhantes, desenhava nas paredes das cavernas, buscando desta forma transmitir sua mensagem? E hoje, não estamos nos comunicando da mesma maneira, só que usando a linguagem visual da Internet, que é expressa através da comunicação paralinguística, os chamados emoticon ou Gif, o que queremos transmitir?
Quem sabe, não estamos vivendo em uma nova era das cavernas mais moderna, onde a tela do computador, celular, tabletes seriam as paredes desta caverna virtual. O que de fato sabemos é que a comunicação é essencial para o desenvolvimento intelectual do homem, expor