Dança Neoclássica
George Balanchine é considerado o criador do neoclássico na dança e “Apollo” foi o grande marco coreográfico do estilo. Criada em 1928, a peça abusou do abstrato em contraste com o clássico. Os movimentos bastante precisos, mas sem a rigidez do balé de repertório, representa as coreografias de Balanchine, sempre soltas, versáteis e fora do padrão. Largou os famosos “tutus” pelas túnicas e apostou na modernidade de movimentos com maior liberdade de execução e que expressam mais emoções. Embora a base seja extremamente clássica, o neoclássico permite que o bailarino se entregue mais na dança, que brinca o tempo todo com o certo e “estranho”. Duos de clássico e neoclássico possuem grande diferença, principalmente pelo fato do neo ser mais junto e conectado, sem perder a técnica. O casal permanece quase que colado o tempo inteiro, sendo muito mais envolvente.
Atualmente, Benjamin Millepied chama bastante atenção no estilo. Além de conseguir criar uma identidade em suas produções, a coreografia mistura o leve o técnico, em que o bailarino se “mostra” ao extremo. Um ótimo exemplo é a remontagem de “Quebra-Nozes”. Um dos balés clássicos mais tradicionais teve a coreografia refeita, podendo ser um choque pra quem tem um carinho e apego à montagem original. Mas a mudança no cenário, figurino e dança fez com que aquela história se aproximasse mais à atualidade.
Outro nome é William Forysthe. Criador de uma das peças mais famosas, “In the middle, somewhat elevated”, o coreógrafo abusou da musicalidade moderna, adaptando os movimentos técnicos do balé clássico em uma dança com precisão, força e trabalho de corpo com novos desenhos e equilíbrio, sem perder a velocidade e impulso.
E foi a partir do neoclássico que surgiu o contemporâneo. Embora muitos coreógrafos tenham levado esta dança para o estilo