Dança Moderna
Não se pode negar que a dança moderna, tem seus ideais claros, objetivos consistentes e o movimento, em sua essência, possuí raízes e intenções bem distintas do modelo clássico. Nesse sentido, Isadora Duncan, uma das precursoras da Dança Moderna afirmou: “A beleza da arte não é feita de ornamentos, mas daquilo que flui da alma humana inspirada e do corpo que é seu símbolo”. Nesse sentido, a crítica da bailarina refere-se ao fato de que a dança não deveria ser tratada como “simples entretenimento”, mas como uma forma artística séria de se expressar tanto emoções como ideias.
Nos últimos anos do século XIX, quando surge a Dança Moderna, o padrão vigente até então, era o Ballet Clássico, com seus espetáculos luxuosos e sua perfeição, onde os princípios básicos eram a forma, beleza, disciplina, leveza, harmonia, e a exata reprodução de suas técnicas essenciais. Sobre o Ballet clássico Balanchine (1977) afirma que os dançarinos são instrumentos, como um piano que o coreógrafo toca. Dessa forma, pode-se perceber a clara ideia de que no Clássico o bailarino não possui movimentos espontâneos, improvisados ou naturais, como a Dança Moderna propunha, e sim, o mesmo é um vetor de movimentos “superficiais”, coreografados e estudados previamente para determinada apresentação.
Em contraste, nota-se como bailarino e sua essência são muito valorizados na Dança Moderna: “O corpo do bailarino é simplesmente a manifestação luminosa da alma” (Isadora Duncan). Nesse aspecto, o indivíduo é livre para se expressar com seu corpo, revelar a sua paisagem interior, contar histórias ou até mesmo, usar a dança como meio pelo qual se pode refletir sobre os problemas sociais e os grandes questionamentos da humanidade, pois, como diz Martha Graham: “O corpo diz o que as palavras não podem dizer”.
Sendo assim, podemos ver como a Dança Moderna é transgressora e muito promissora, pois inova e alça á um nível superior tanto a