Dança contemporânea em Juiz de Fora
Juiz de Fora sempre se apresentou como uma cidade engajada no universo da dança. Os festivais que acontecem no decorrer do ano abrem espaço para a manifestação de todas as modalidades: passando pelo balé clássico, revelando as formas do hip-hop e indo até a expressividade da dança contemporânea. Esta última, aos poucos, veio ganhando espaço entre os núcleos e coreografias do município. O movimento já consolidado em Nova York, começou a se manifestar no Brasil na década de 90, ainda sem uma identidade definida. Segundo Sylvia Renhe, coreógrafa do Grupo Inércia Zero, a dança contemporânea assume, como o próprio nome diz, um caráter atual, sendo complicado defini-la, porém fácil adaptá-la a uma situação. Sylvia afirma que existem diversas maneiras de se fazer dança. Hoje, com os avanços tecnológicos, os grupos podem lançar mão de vídeos para divulgação dos trabalhos e o modo de se relacionar com público, então, mudou. “Cada estilo, em sua época e em seu jeito foi contemporâneo. As pessoas estão pesquisando tanto sobre a dança contemporânea que quando vão colocar na prática não sai. É justamente por esse motivo que tem afastado o público. Quem assiste, acaba não compreendendo tudo o que vê. Acham que é um bando de maluco”, explica. Sylvia ainda fala sobre as diversas linguagens da dança contemporânea e afirma que a forma de expressão depende de cada pessoa, da proposta que cada um traz consigo. “Nunca vou levar para o palco uma coreografia, uma arte, que seja particular, só minha. Não estou vivendo sozinha. Depende do que a pessoa gosta de ver. Às vezes, ela quer mais o ‘showbusiness’. A linguagem agrada ou não agrada. Se você fizer algo verdadeiro vai ter ressonância”, afirma. Como qualquer outro tipo de dança, a contemporânea pode ter a tradicional coreografia, como também pode não apresentar um tipo de movimento específico. Até no preparo, se difere dos estilos tradicionais, pois algumas salas de aula nem espelho possuem. A intensão é