DANTON - O Processo da Revolução O filme trata da fase da Revolução Francesa em que os jacobinos estão no poder, mas precisamente Robespierre. Esta é a fase do Tribunal Revolucionário, do Comitê de Segurança Nacional que tinha por função defender a França dos contra-revolucionários e traidores. Robespierre parece defender a liberdade daqueles que não tem muitos prazeres a gozar, mas que são constantemente explorados. Ele se preocupa com a liberdade anterior as outras, pois, se não há exploração os cidadãos tem mais possibilidades. Portanto, para ele o terror era um mal necessário, até mesmo para que os contra-revolucionários percebessem que eles não estavam divididos, e que se estivessem não poupariam nem sequer os aliados, tampouco os inimigos. Robespierre parece ser um homem gélido, sem coração, que condena amigos a guilhotina, contudo ele o faz para que divergências internas não ponham em risco a Revolução. Seu conceito de liberdade é acima de tudo relacionado com o bem comum, com o bem da recém- criada República, cujo destino parece ser sua única preocupação. Entretanto, Danton não deixa de ter razão, e por isso, é adorado pelo povo, pois compreende seus anseios de voltar viver normalmente, sem medo. Contudo, ele é contraditório, pois ele mesmo criou o Tribunal Revolucionário, bem como foi julgado por ele. A liberdade para ele era mais imediata e consistia talvez em um desejo de salvar a própria pele, pois parece ter enriquecido com a Revolução e estava sendo acusado de traição. O governo jacobino, se levado a máxima de Maquiável, de que fins justificam os meios, pode ser considerado positivo, pois foi neste período, que se acabou com a escravidão nas colônias, a instituição do sufrágio universal, a obrigatoriedade do ensino, aumento de impostos dos ricos e