Daniel Roche - Resenha
Aproximadamente, 20 milhões de franceses na era do reinado de Luís XIV,e cerca de 28 milhões na era de Luís XV, vestiam-se todos os dias, e assim podemos ter uma ideia de quantas peças de vestuário estavam em circulação. Mas nenhum historiador da economia estudou esse fato a fundo, o que resulta nos problemas do confronto entre o estado estacionário e a nascente idade do consumo urbano.
Paris se torna o campo de pesquisa do autor, não por ter a economia de consumo ou de sua produção que é bastante conhecida, mas pelo contrário, pelo atraso no conhecimento da história da capital. Mas em Paris pode-se abordar os problemas dos usos e costumes por meio de estremos e das margens. No embate da pobreza extrema com o luxo absoluto, que é onde se encontra o caminho para a verdade das coisas dos seres. O patrimônio cultural dos parisienses de antigamente era constituído pelas várias formas de se vestir e de seu complexo equilíbrio de possibilidades e desejos, como seus imóveis, as obras de artes (artesanatos), obras de escritores. A cidade citada foi o palco para muitos estilos diferentes de vida, para ricos e pobres. O que é totalmente perceptível quando se percorrem as ruas e praças das metrópoles do século XX e olha a multidão diversificada de turistas e trabalhadores, é a caracterização de Paris entre o período clássico e o iluminismo. A economia de consumo e a organização da distribuição e do comércio permitem, nos tempos atuais, um jogo altamente complexo de substituições, que depende de fazer as pessoas acreditarem que o falso pode ser mais real do que o verdadeiro, que a pele artificial é mais procurada do que a pele verdadeira e o couro natural. Significa que os contrastes de aparência de certa maneira se ocultam. A cidade vivia um fluxo constante, como o movimento grande de pessoas, mudanças nas escalas de tempo,