DAN A E M SICA NA D CADA DE 20
Década de prosperidade e liberdade, animada pelo som dos jazz-bands e pelo charme das melindrosas - mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz. A sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também frequentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks.
Difícil nos dias de hoje imaginar o impacto que essa nova música vibrante, sensual, dotada de “swing”, provocou sobre as plateias da época. Antes do jazz, a música para dançar era de origem europeia, bastante formal e com regras claras para o contato entre os pares. A chegada do novo estilo, que trazia o caráter lascivo das danças coladas de cabaré, causou grande furor na imprensa conservadora e escandalizou a sociedade americana. Por outro lado, foi justamente esse um dos motivos que fez o jazz, desde que executado por músicos brancos, agradar em cheio à juventude enriquecida e emancipada que surgira no período posterior à Primeira Guerra Mundial. Até o começo dos anos 20, o jazz enfrentava resistência devido ao racismo - grandes músicos negros não obtêm reconhecimento. Apesar dos excelentes músicos brancos de jazz, italianos e judeus, os inovadores são os negros, e Nova Orleans constitui-se no principal centro. A acelerada migração leva muitos artistas a outras partes, Mississippi, Chicago e depois Nova York. Surgem pioneiros como o pianista Tony Jackson, o cornetista Buddy Bolden, Freddie Keppard, Jelly Roll Morton, Alan Philip e Kid Thomas Valentine. O trompetista de Nova Orleans, Louis Armstrong (1900-1971) envolve-se com diversas formações de bandas de jazz e inaugura a série Hot Fives e Hot Sevens em gravações elétricas. É ele que permite as solistas maiores liberdade em relação às estritas regras clássicas do estilo. Armstrong torna-se o primeiro e um dos maiores solistas da história do jazz. Seus