dama de ferro
A função de ser pai, não é pensável na experiência humana sem a categoria do significante, incerteza. Ser pai requer, na sua dimensão significante e não certificável pela natureza.
As neuroses, as psicoses, se sustenta no modo como ele soube se virar diante da ausência do pai.
Joyse, mesmo psicótico, não se colocou a margem de qualquer grande rodovia, porque, com sua obra, ele se forjou, de um modo que só ele pode faze-lo. Um sujeito que pode passar pelos caminhos do outro, quanto traçar outras vias que posteriormente ganham destaque na vida do outro.
Consideramos o tratamento da incerteza da paternidade
Joyce, em 18 de setembro de 1905, cerca de dois meses depois do nascimento de seu filho Giorgio, em uma carta endereçada a um irmão, argumenta que deveria ser permitido a uma criança escolher entre o sobrenome do pai ou o da mãe: “paternidade é um ficção legal”i, reitera ele o que pode ser considerado um dito clássico do Outro com relação à incerteza própria ao significante ser pai. Entretanto, o uso que Joyce faz desse dito não deixa de ser bastante peculiar. Não tanto por considerar a possibilidade de um filho escolher seu nome de família pela linhagem materna ou paterna, mas porque, logo em seguida a essa citação do Outro, pergunta, segundo ele visando o bem do filho, se não seria horrível ter de levar tal criança “de um abrigo miserável para outro, de uma terra para outra” e ainda espera que o filho “não tenha de contar” com o pai “quando começar a pensar”.
De acordo com que Joyce escreve, essa ficcao é real em sua legalidade ficticia, tomou o significante ser pai com realmente um significante e capaz.
Pai é uma especie de referencia, caminho, rota. Joyce passa ao largo do pai, se servindo para o pai.