DAIANE
(Ad = 78.491 km2) e
Paracatu (Ad = 45.203 km2) pode ser compreendido pela análise do volume total anual precipitado nas áreas de drenagem dessas sub-bacias e pela magnitude da evapotranspiração potencial nessas áreas.
Observou-se, na SubBacia do Rio Grande, a ocorrência de precipitações médias anuais mais baixas (982 mm) em relação às da Sub-Bacia do Paracatu (1.313 mm), além de evapotranspirações potenciais na Sub-Bacia do Rio Grande, superiores às do Paracatu; portanto, o maior déficit evapotranspirométrico na Sub-Bacia do rio Grande contribui para uma conversão menor da precipitação verificada na sub-bacia para a formação da vazão do Rio São Francisco.
O efeito das baixas precipitações e altas evapotranspirações potenciais na formação da vazão do São Francisco foi ainda mais evidente na área de drenagem não abrangida pelos afluentes estudados, uma vez que esta área apresentava uma contribuição real de apenas 19,2%, quando a contribuição potencial era de 39,6% e a proporção dessa área em relação à bacia, de
53,7%.
Analisando-se o período de 1979 a 2000 (Figura 7B), observou-se crescimento na contribuição real em todas as sub-bacias estudadas em relação ao primeiro período, sendo este crescimento em média de 22,3%, exceto na área não abrangida pelos afluentes estudados, a qual apresentou redução do primeiro para o segundo período, de 19,2 para 1,5%; este comportamento pode ser explicado pelo fato da evaporação ter aumentado em virtude da construção dos reservatórios de acumulação ocorridos após o ano de 1976, fazendo com que maior parcela do volume precipitado fosse convertida em evaporação.