DAHL, Robert. A primeira transformação: a cidade-Estado democrática; Rumo à segunda transformação: o republicanismo, a representação e a lógica da igualdade. A democracia e seus críticos
RICHARD MACEDO No capítulo “A primeira transformação: a cidade-Estado democrática”, Robert Dahl cita que houve no século V a.C uma transformação de ideologias e instituições políticas memorável que traz influencias até mesmo para as democracias modernas. Cidades-estados que até então não eram democráticas se organizaram de um modo que pessoas livres pudessem participar diretamente do governo. Como consequência dessa transformação, surgiu uma nova visão de sistema político: a possibilidade do povo se governar. Dahl ao se tratar da “perspectiva grega” de democracia, afirma que, antes mesmo de o termo democracia se tornar o que se tornou, sempre houve na Grécia tendências de igualdade em seu sistema político. O autor cita como exemplos a isonomia e igualdade de fala na Assembleia, ganhando assim o povo espaço no sistema político. O americano acredita que, para um homem se tornar pleno, é necessário o convívio em uma polis não muito grande, boa, justa e democrática, pois assim se é produzido bons atos, a felicidade e é buscado bens comum a todos de uma maneira que as pessoas possam realizar interações socais de uma forma conjunta, com todos os cidadãos se conhecendo, alcançando-se uma harmonia. Para Dahl esses itens não são compatíveis com a democracia moderna, pois ao invés de pequenas demos, o sistema alcança um número enorme de cidadãos, tornando as interações harmoniosas entre todos os cidadãos impossível e resultando em uma sociedade com características diferentes. Logo em seguida, o professor analisa que a democracia grega, no entanto, não era perfeita. Além do fato de que as questões de interesse público estavam subordinadas á famílias e amigos, que se agrupavam para buscar interesse próprios, usando do ostracismo para banir oposicionistas por dez anos, apenas uma pequena