Daennns

Inglaterra, Revolução Industrial.
Quantas crianças e jovens mulheres não morreram, à parte dos trabalhadores homens, nas fábricas que mantinham a desigualdade social explícita a uns e invisível a outros? A mais inferior das camadas sociais da Inglaterra, assim como de outros países que a seguiram na Revolução Industrial, sofria o terrível destino dos pobres: em grandes indústrias têxteis, um incontável número de trabalhadores operava as grandes máquinas movidas a vapor, muitas vezes sofrendo amputações e mesmo morte.
A formação da classe operária relaciona-se de maneira fundamental ao modo de produção de bens capitalista. Durante um século, os mais miseráveis eram arraigados em indústrias para trabalhar por alguns centavos por dia, sem opção porque a lei punia os chamados vadios, tendo que vender sua força de trabalho a preços absurdamente baixos porque as máquinas eram ainda mais baratas - enquanto os diretores e donos das fábricas lucravam com as vendas no mercado que seus empregados não poderiam alcançar. Neste ponto, expõe Marx, a luta entre as classes é inevitável.
A mesma situação se repetia em países que se seguiam à Inglaterra na Revolução Industrial e adotavam o modo de produção capitalista. Neste contexto, uma voz que pede justiça pelo proletariado: em Aalst, Bélgica, o pastor Daens - para lá mandado como o responsável pela ingreja local como punição por ter causado problemas em sua antiga paróquia - visita uma casa de um trabalhador, e passa a conhecer a realidade do operário das indústrias, e suas razões para se juntar ao socialismo. Utilizando-se da mídia, o pastor denuncia a situação do povo, que não possui dinheiro, posição ou voto.
Com as denúncias, o pastor é expulso do partido católico, mas fundando o próprio partido com o irmão, volta a lutar pelo povo e torna-se deputado. Daens, apesar de todas as adversidades - a disciplina de Roma, a oposição no Senado -, continua a lutar pela justiça e pela igualdade até sua