Dados IBGE e DIEESE/SEADE
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em fevereiro de 2014, ficou em 3,9%. O índice ficou abaixo da média nacional, que fechou o mês em 5,1%, menor valor verificado para fevereiro desde o ano de 2002. Já em janeiro, a taxa em Belo Horizonte ficou em 3,8%, enquanto a média no Brasil foi de 4,8%.
A análise dos números do IBGE mostram certa estagnação do mercado. A força de trabalho, representada pela população economicamente ativa (PEA, estimada em 24,219 milhões nas seis regiões), não cresceu na comparação mensal, nem na anual, o que indica menos pessoas à procura de trabalho. E o mercado também não tem criado vagas: há quatro meses o nível de ocupação cresce pouco ou recua. A mesma coisa se verifica nas comparações anuais.
O emprego com carteira assinada também não teve variação, contrariando a tendência de expansão do mercado formal de trabalho. Em fevereiro, eram 11,696 milhões de trabalhadores com carteira no setor privado. Eles representavam 50,9% do total de ocupados, ante 50% um ano atrás. Também em 12 meses, os sem carteira caíram 12,9% (299 mil a menos), para 2,023 milhões. Agora, eles são 8,8% do total – há um ano, eram 10,1%. Já os trabalhadores por conta própria, que aumentaram 5% (acréscimo de 207 mil, para 4,311 milhões), passaram de 17,9% para 18,8%.
Entre os setores, ainda na comparação com fevereiro do ano passado, o instituto não registrou variação considerada significativa. A indústria recuou 2,2%, com 84 mil ocupados a menos, enquanto o comércio ficou praticamente estável (0,2%) e a construção civil subiu 1,1% (19 mil a mais). Os serviços prestados a empresas variaram -0,2%. O setor de educação, saúde e administração pública cresceu 3% (114 mil), o emprego doméstico recuou 4,6% (-64 mil). O setor "outros serviços" também praticamente não saiu do lugar (0,4%).
Desemprego na