Dadaísmo
O termo “dada”, em francês, significa simplesmente "cavalo-de-pau"; diz-se que foi selecionado ao acaso, num dicionário, pelo poeta, ensaísta e editor Tristan Tzara, nascido em Roma.
O dadaísmo foi idealizado em 1916 por Tzara, pelo escritor alemão Hugo Ball (1886-1927), pelo artista alsaciano Jean Arp, e outros jovens intelectuais que moravam em Zurique, Suíça. Uma reação semelhante contra a arte convencional aconteceu, simultaneamente, em Nova York e em Paris. Depois da Primeira Grande Guerra o movimento chegou à Alemanha, e muitos artistas do grupo de Zurique uniram-se aos dadaístas franceses em Paris. Contudo, o grupo parisiense se desintegrou em 1922.
Para expressar a negação de todas as correntes e valores estéticos e sociais, os dadaístas usaram freqüentemente métodos artísticos e literários que eram deliberadamente incompreensíveis. Suas performances teatrais e seus manifestos eram concebidos para chocar ou desnortear o público, com o objetivo de surpreender o público através de uma reconsideração de valores estéticos aceitos. Para este fim, os dadaístas utilizaram novos materiais e incluíram objetos achados no lixo das ruas, além de novas técnicas em suas obras, como se permitissem ao acaso a determinação dos elementos que iriam compor seus trabalhos.
O pintor e escritor alemão Kurt Schwitters destacou-se por suas colagens com papel velho e materiais semelhantes, e o pintor francês Marcel Duchamp exibiu como obras de arte produtos comerciais ordinários, que ele mesmo chamou de ready-mades. Embora os dadaístas tenham empregado técnicas revolucionárias, sua revolta contra os padrões estéticos vigentes estava baseada em uma convicção profunda e originada ainda na tradição romântica, na bondade essencial de humanidade, quando não corrompida através de sociedade.