Da água para o vinho
O último local onde o senhor esteve até me revelar sua verdadeira identidade foi uma lojinha de xerox, plastificação e outros serviços de papelaria. Depois de arrumar seus serviços, novamente foi para a Galeria Pedro Jorge, e lá que a teoria que tinha formado sobre ele sofre a primeira queda. Ao abrir sua mochila vejo uma bíblia, logo começo a relacionar os fatos e crer que aquele homem era algum membro de uma instituição religiosa. Minha curiosidade aumenta e continuo a perseguição até o Shopping Central; ele se dirige a loja Esplanada, onde procura sapatos e blusas sociais, mas novamente não levou nada.
Surge a primeira tentativa de conversa, pergunto se o homem sabe onde fica a parada de ônibus e ele nega, diz que veio morar no Ceará a pouco tempo e que vivia no Rio de Janeiro. Ao comentar que achei a sua aparência interessante e que me lembrava um religioso, enfim ele se assume e rompe com minhas dúvidas; é um bispo e participante de convenções internacionais de pastores missionários. Ele procede e conta que aos 12 anos foi morar no Rio por causa de sua personalidade tão forte a