DA TRIAGEM AO DIAGNOSTICO DA SURDEZ: o envolvimento de pais no processo
1- INTRODUÇÃO
O desenvolvimento auditivo segue etapas graduais de complexidade, tendo início já na vida intra-uterina. Assim, para que uma criança aprenda a falar é necessário que ela detecte, localize, memorize e compreenda os sons a sua volta. Quaisquer dessas etapas são de grande importância para que todo processo se complete e sua interrupção levará consequentemente, a prejuízos funcionais importante no desenvolvimento da criança.
Segundo Santos, a deficiência auditiva é caracterizada como um problema sensorial não visível, que acarreta dificuldades na detecção e percepção dos sons e que, devido à natureza complexa do ser humano, traz serias conseqüências ao indivíduo. Santos et al 2003. Sendo assim, medidas devem ser tomadas o mais rapidamente possível, para que as dificuldades decorrentes de uma privação sensorial possam ser minimizadas. Para tanto é necessário que se identifique o neonato com dificuldades auditivas ainda no primeiro mês de vida (COMUSA, 2009).
A incidência de perda auditiva bilateral significante em neonatos saudáveis é estimada entre 1 a 03 neonatos em cada 1000 nascimentos e em cerca de 2 a 4 nos provenientes de Unidades de Terapia Intensiva (COMITE BRASILEIRO PARA PERDAS AUDITIVAS, 2000).
Ainda segundo o Comitê Multiprofisional em Saúde Auditiva 2009 a precocidade do diagnostico da perda auditiva, tanto funcional quanto etiológico, e a pronta intervenção clinica, fonoaudiologica ou cirúrgica, minimizarão sobremaneira os efeitos dessa deficiência nas crianças.
A prevalência de deficiência auditiva é vinte vezes maior que outras doenças como a fenilcetonúria ou hipotireoidismo e sua identificação demanda um custo dez vezes menor que para outras doenças Hilú & Zeigelboim, 2007.
O Joint Committee on Infant Hearing (JCIH) recomenda que todo recém nascido deve ter sua audição avaliada, tendo em vista a grande incidência de alterações em bebês que