Da representação à simulação; evolução das técnicas e das artes da figuração
As técnicas de figuração mostram o desejo do homem e automatizar cada vez mais a maneira de criar desde o Quattrocento.
Na câmara obscura a projeção se da por meio de um raio luminoso que emana o objeto a ser figurado, batendo no fundo da caixa preta, através de um orifício mínimo que tem a função de projeção. Nesse caso, o olho funciona como centro de projeção e deve permanecer imóvel. O pintor então, traça manualmente os contornos do objeto.
Mais tarde temos o aparecimento da fotografia, que tem como principio a câmara obscura. A fotografia nos permite estender a automatização até a própria criação da imagem. A representação se torna automatizada.
Nessa pesquisa pela representação, pintores do impressionismo e pós-impressionismo criaram técnicas como do pontilhismo para tentar sintetizar as formas coloridas da pintura através da ótica.
Depois da fotografia e do cinema, o registro automático do próprio movimento e sua reconstituição visual, progrediu com a ajuda de engenheiros ou técnicos; nasce a televisão.
O computador surge permitindo não somente dominar o ponto da imagem, chamado de pixel, como substitui o automatismo analógico das técnicas televisuais pelo automatismo calculado, resultado de um tratamento numérico da informação relativa à imagem.
Com essa tecnologias numéricas, a logica e o modelo geral da figuração mudam completamente. O pixel é a expressão visual, materializada na tela, de um calculo feito por um computador, conforme as instruções de um programa. A imagem agora é ejetada pelo real. Uma realidade sintetizada, artificial, virtual projetada por inúmeros comandos matemáticos programados na maquina.
Assim, a imagem se torna objeto, linguagem e sujeito, reagindo ai nosso contato. O espaço é virtual agora, com dimensões possíveis e impossíveis. Com um novo tempo, um tempo “reinicializavel”. Agora, os modelos da simulação numérica são abstratos e provem do