DA LINGUAGEM DO FUTEBOL: PARTICULARIDADES DO LÉXICO FUTEBOLÍSTICO
Observa-se uma influência recíproca, no plano lexical, entre a linguagem particular do futebol, por nós considerada uma modalidade de linguagem especial, e a linguagem comum.
Aquela recolhe material da linguagem comum, com a finalidade de ampliar e enriquecer seu acervo vocabular/frasal: "zona do agrião" - "arrumar a cozinha" - "cozinhar o jogo" - "comer pelas beiradas" - "queimar o filme" - "requentar a jogada" - "a vaca foi pro brejo", "abrir as pernas"; enquanto esta incorpora termos e expressões próprias do universo do futebol ao seu vocabulário do dia-a-dia. Exemplos: "bola fora" - "pisar na bola" - entrar de sola" - "dar bola" - "jogar pra escanteio" - "dar um bico na crise", - "coluna do meio" - "ficar na marca do pênalti", - "jogar no time", - "tirar o time de campo", etc.
No início de sua história no Brasil, o futebol era praticado apenas pela elite e brancos, jogado por estudantes ingleses ou jovens estudantes de classe alta.
Atualmente, a FIFA conta com cerca de duzentos países associados, que fazem do futebol um meio para a integração nacional e internacional. O nome futebol (football), é utilizado na maioria desses países, mas em apenas quatro o nome dado é outro: nos Estados Unidos, Canadá e Austrália o esporte é conhecido como soccer e na Itália, como calcio.
A palavra football tem origem inglesa e sua designação, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2002), é foot = pé e ball = bola, dando o nome ao esporte foot-ball que fora grafado dessa maneira por cerca de trinta anos.
Assim, tornou-se futebol o nome dado ao esporte pela maioria dos países que o praticam. Isso mostra a forte influência do Brasil no nome do esporte e também as