DA JUSTIÇA - TOMAS DE AQUINO
Primeira pergunta é “se é correta a definição de justiça tomada como a vontade constante e perfeita de respeitar o direito de cada um”, diante disto o Autor despedaça o conceito analisando parte a parte.
Ele afirma que a virtude se configura nos atos bons e a justiça são as coisas que pertencem aos outros, ou seja, a justiça é voltada à constante e perfeita vontade de respeitar o direito de cada um.
Para que um ato seja virtuoso ele deve ser voluntário, firme e estável. Voluntário no sentido de ser feito conscientemente, o ato deve ser executado com consciência, firme no sentido de que este ato executado tem um fim devido e estável no sentido de que atue permanentemente. Esse contexto explica o porquê de se ter a vontade em primeiro plano, sendo que o ato de justiça ele precisa ser voluntário e ainda temos as qualidades de constância e perpetuidade para confirmar o sentido de firmeza do ato.
Neste diapasão, vê-se que a justiça é um hábito que aperfeiçoa o homem para agir bem, sobre a vontade ele a chama de perpétua de duas maneiras, a primeira refere-se ao ato em si mesmo enquanto ele dure ele será perpetuo sendo assim conclui que somente a vontade de Deus é perfeita, segundo, no sentido do objeto, no sentido de que o homem quer observar a justiça perpetuamente, ele quer agir, atuar de maneira justa perpetuamente. Ele atrela a qualidade de constante com a perpetuidade, pois quando falou em perpetuidade, referiu-se em agir perpetuamente de maneira justa e aqui cabe a qualidade de constante, pois o homem tem que conservar sempre a justiça. Quanto ao direito de cada um, o juiz diz o direito e o governante é o defensor do direito. E os súditos dão a cada um, o que lhe pertence, pois estão sob ordens. E por ultimo, ele reafirma que cada um deve dar ao outro o que lhe pertence associando este significado ao amor de Deus que neste amor, está incluído o amor ao próximo.
A segunda