Da Intolerância ao ódio
Qualquer colonização trás conflitos e imposições culturais. Quem veio de África não fugiu a essa regra; resistiu e promoveu ações políticas nos mais diversos setores da vida, inclusive e principalmente religioso. A repressão das brancas elites brasileiras sempre foi pesada. As culturas européia e africana sempre se chocaram em seus pontos mais essenciais; as práticas religiosas de lado a lado denunciam isto. Os descendentes de africanos continuam lutando e exigindo respeito, antes que a INTOLERÁNCIA Dê LUGAR AO ÓDIO.
Qualquer processo colonizador se dá com a subjugação das populações dos territórios colonizados. Sempre foi assim e sempre será. Nenhum povo se deu à conquista pacificamente e nenhum “conquistador” deixou de impor sua religião, sua língua, suas expressões culturais sem prejuízo parcial ou, quase sempre, total dos “conquistados”. Para não ilustrar usando acontecimentos muitos longínquos, que preencheram as Idades Antiga e Média, cito a Contemporânea, onde vários países da Europa visando expansão de seus domínios com objetivo de enriquecimento invadiram tantas outras sociedades a que chamavam de “bárbaras” ou “atrasadas”, “sem Deus”, “sem conhecimento de organização política”, enfim sem “civilização”. “Em nome de Deus e de Jesus Cristo” mataram, saquearam, queimaram vivas pessoas em fogueiras, escravizaram, estupraram, enriqueceram; elegeram-se modelos: de beleza, de inteligência, portadores exclusivos do “saber”. Divulgando que seu modo de vida e de fazer ciência eram os certos e determinando que todo joelho se dobrasse diante deles.
Foi nesse “empreendimento” que a África foi envolvida por 3 vezes como território a ser explorado, dizimado e dividido: as grandes navegações, e as guerras mundiais primeira e segunda. Esses eventos encontraram lá suas maiores motivações quase que únicas. Varias nações africanas na antiguidade estabeleciam relações comerciais com nações européias, sendo rota de comércio junto às índias e