Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais (Stuart Hall)
Percebe-se um problema com a noção de Homo Sacer proposta por Agamben, primeiro por estar filiada à linha da ‘dialética do esclarecimento’ de Adorno e Horkheimer e, segundo, ao poder disciplinador e do biopoder de Michel Foucault. Ao reafirmar a dimensão messiânica revolucionária, Agamben demonstra que a vida nua não é o terreno último da política, além de rejeitar espaço para o projeto democrático para renegociar o limite que separa cidadão de pleno direito e Homo Sacer. Trata-se de certa antipatia ao Muselman – sujeito dessubjetivado levado ao extremo da objetividade, morto-vivo do campo de concentração, existência do impossível, apagamento da contingência – impossibilidade absoluta de dar testemunho. Mas resta a simpatia pela criação de Zizek ao conceber a noção de Homo Otarius, aquele que manipula e explora os outros, mas que acaba por ser explorado. Esta concepção foi levada às raias dos seus múltiplos significados.
Os Refuseniks Israelitas não são apenas pacifistas, eles cumprem sua missão de lutar contra os países Árabes, porém não lutam apenas para dominar, expulsar e humilhar todo um povo. Talvez? Acaba-se por promover a estratégia judaica a qual se inscreve na máxima: “queremos que vocês resistam para poder