Da coisificação do professor
A partir do texto de Ezequiel theodoro “o professor e o combate à alienação imposta” passamos a refletir sobre a coisificação do professor, uma alusão metafórica do não só atual, mas antigo deprestígio do professor que ainda sofre com os resquícios ditatoriais. Estes que por conseguinte resvalam em toda a sociedade, perpetuando o ralo censo comum da estagnação do professor e de sua capacidade transformadora, pela própria estagnação do mundo em proveito de uns poucos detentores do poder.
Coisificação essa que é uma via de várias mãos, e por que não braços, que se prendem mas não se abraçam como deveriam. Pois assim como a sociedade manipulada coisifica o professor, este sendo peça chave da sociedade, coisifica toda a sociedade, começando por si mesmo, depois os alunos e afetando assim tudo o que resvalar em sua despersonalização.
Num sentido geral, o professor é aquele que tem como instrumento a palavra, e o ofício de propagar conhecimentos através desta. Quando sua palavra já não serve de motor de conscientização e transformação do mundo podemos dizer que está declarado o processo de alienação do conhecimento, processo que se fundamenta no próprio materialismo histórico de Karl Marx, que define a alienação como exploração do trabalhador, em que este internalizando os efeitos externos do capitalismo, perde a real noção da finalidade de sua matéria prima.
Claramente percebemos a névoa espessa que envolve o saber, e não sabemos de onde realmente ela provém, talvez até pela própria falta do conhecimento, mas os efeitos desse branco obscurecimento é prejudicial a todas as áreas, e pode ser bem exemplificado nas palavras de combate ao capitalismo onde o benefício de uns poucos trás a aniquilação de todos.